Impedir subsídios para a destruição da floresta tropical!
O presidente da Indonésia Joko Widodo quer subsidiar a produção de agrocombustíveis. Assim as empresas envolvidas fariam um lucro do equivalente a 1,35 bilhões de dólares. Deste modo a indústria de óleo de palma põe em risco ainda mais áreas de floresta tropical.
ApeloPara: Presidente Joko Widodo
“A Indonésia quer subsidiar a produção de agrocombustíveis com 1,35 bilhões de dólares. O governo deve abdicar destes planos.”
Ativistas indonésios ficam indignados. “O único grupo que tira proveito desta política são empresas privadas de óleo de palma“, diz Zenzi Suhadi da organização Walhi. “O roubo de terras é financiado com o dinheiro dos contribuintes.“
O nosso parceiro Nordin de Save Our Borneo (SOB) diz: “O óleo de palma é cheio de corrupção, violações de direitos humanos e destruição do meio ambiente.“
As empresas querem estabelecer novas plantações e destroem assim a floresta tropical. Isto prejudica gravemente o clima global e os pequenos agricultores e indígenas perdem a terra deles. Pelo contrário, os pobres e o meio ambiente não são apoiados pelo governo.
De momento, a indústria de óleo de palma está lutando contra a queda dos preços e problemas de venda. Os subsídios devem promover a demanda no país. Assim, as empresas estão menos dependentes do mercado global. No futuro, cada litro de biocombustível será subsidiado cinco vezes mais do que antes.
O agrocombustível a partir de etanol também vai ser promovido mais fortemente. Um milhão de hectares de floresta poderia ser destruído.
Ainda em Fevereiro o Comité Econômico e Financeiro do Parlamento vai debater sobre o plano do governo.
Por favor, apóiem os defensores das florestas na Indonésia com a sua assinatura para que consigam impedir os subsídios.
Mais informaçõesMais informações:
http://news.mongabay.com/2015/0217-biofuels-subsidy-indonesia.html
http://business.asiaone.com/news/indonesia-moves-closer-raising-biodiesel-subsidies
http://in.reuters.com/article/2015/02/05/markets-vegoils-idINL4N0VF4VA20150205
Para: Presidente Joko Widodo
Prezado Senhor Presidente Joko Widodo,
na Europa temos feito más experiências com subsídios para agrocombustíveis nos últimos anos. Agora soubemos dos seus planos de subsidiar a produção de biodiesel e etanol com o dinheiro dos contribuintes. Assim, o senhor promove o estabelecimento de novas plantações e a destruição da floresta tropical.
Além do desmatamento, organizações ambientalistas e de direitos humanos temem a expulsão de pequenos agricultores e indígenas.
Já hoje em dia há mais de dez milhões de hectares de plantações de dendezeiros na Indonésia, onde há poucos anos ainda cresciam florestas tropicais.
A razão para os seus planos parece ser a ameaça dos lucros das empresas de óleo de palma. Porém, por causa dos subsídios para o setor, a população rural e a natureza pagam um preço inaceitável. Muitos dos danos serão irremediáveis.
Por favor, acredite nas nossas recomendações e abdique dos subsídios de agrocombustíveis.
Com os melhores cumprimentos,
A situação – florestas tropicais nos tanques e nos pratos
Com 66 milhões de toneladas por ano, o óleo de palma é o óleo vegetal mais produzido no mundo. Nos últimos anos, as plantações de óleo de palma já se estenderam, mundialmente, a mais de 27 milhões de hectares de terras. Florestas tropicais, pessoas e animais já tiveram de recuar uma área do tamanho da Nova Zelândia para dar lugar ao “deserto verde”.
O baixo preço no mercado mundial e as qualidades de processamento estimadas pela indústria levaram a que um em cada dois produtos no supermercado contenha óleo de palma. Além de ser encontrado em pizzas prontas, bolachas e margarina, o óleo de palma também está em cremes hidratantes, sabonetes, maquiagem, velas e detergentes.
O que poucas pessoas sabem: na União Europeia 61% do óleo de palma importado é usado para produzir energia: 51% (4,3 milhões de toneladas) para a produção do biodiesel, bem como 10% (o,8 milhões de toneladas) em usinas para a produção de energia e calor.
A Alemanha importa 1,4 milhões de toneladas de óleo de palma e óleo de semente de palma: 44% das importações de óleo de palma (618.749 t) foram utilizados para fins de produção de energia, dos quais 445.319 t (72%) foram utilizados para a produção de biocombustível, ao passo que 173.430 t (28%) foram usados para produzir energia e calor.
Com isso, a equivocada política de energia renovável da Alemanha e da UE é uma importante causa para a derrubada de florestas tropicais. A mistura de biocombustível na gasolina e no óleo diesel é obrigatória desde 2009, por determinação de diretiva da União Européia.
Ambientalistas, ativistas de direitos humanos, cientistas e e até mesmo a maior parte dos parlamentares europeus reivindicam, reiteradamente, a exclusão do óleo de palma do combustível e das usinas a partir de 2021. Em vão. Em 14 de junho de 2018, os membros da UE decidiram continuar permitindo o uso do óleo de palma tropical como “bioenergia” até o ano de 2030.
As alternativas: Por favor, leia as informações sobre a composição dos ingredientes na embalagem, deixando na prateleira os produtos que contém óleo de palma. Já na hora de abastecer, não há outra opção: a única solução é a bicicleta ou os meios de transporte públicos
As consequências: perda de matas, extinção de expécies, expulsão de nativos e aquecimento global
Nas regiões tropicais ao redor do Equador, o dendezeiro (elaeis guineensis) encontra condições ideais para o seu cultivo. No Sudeste Asiático, na América Latina e na África, vastas áreas de floresta tropical são desmatadas e queimadas todos os dias a fim de gerar espaço para as plantações. Desta forma, quantidades enormes de gases com efeito-estufa são emitidas na atmosfera. Em partes do ano de 2015, a Indonésia – a maior produtora de óleo de palma – emitiu mais gases climáticos do que os EUA. Emissões de CO² e metano levam a que o biodiesel produzido a partir de óleo de palma seja três vezes mais nocivo para o clima do que o combustível tirado do petróleo.
Mas nem só o clima global está sofrendo: juntamente com as árvores, também desaparecem raras espécies animais como o orangotango, o elefante-pigmeu-de-bornéu e o tigre-de-sumatra. Muitas vezes, pequenos agricultores e indígenas que habitam e protegem a floresta são deslocados da terra deles de forma violenta. Na Indonésia, mais que 700 conflitos de terra estão relacionados com a indústria de óleo de palma. Até nas plantações declaradas como “sustentáveis” ou “ecológicas”, sempre violam-se, reiteradamente, direitos humanos.
Nós, consumidores, não sabemos muito disto. Porém, o nosso consumo diário de óleo de palma também tem efeitos negativos para a nossa saúde: o óleo de palma refinado contém grandes quantidades de ésteres de ácidos graxos, que podem interferir no patrimônio hereditário e causar câncer.
A solução – revolução dos tanques e dos pratos
Hoje em dia, somente 70 mil orangotangos vivem nas florestas do Sudeste Asiático. A política do biodiesel na UE leva os antropóides à beira da extinção: cada nova plantação de dendezeiros destrói um pedaço do espaço vital deles. Para ajudar os nossos parentes, temos que aumentar a pressão sobre a política. Mas no seu dia a dia existem várias opções para agir!
Estas dicas simples ajudam a encontrar, evitar e combater o óleo de palma:
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Cozinhe e decida por si mesmo ingredientes frescos, misturados com um pouco de criatividade, fazem empalidecer qualquer refeição pronta (que contenha óleo de palma). Para substituir o óleo de palma industrial, podem-se utilizar óleos europeus como óleo de girassol, colza ou azeite ou, no Brasil, óleo de côco, de milho (não transgênico!) ou – se você conhece a origem – óleo de dendê artesanal.
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Ler as letras pequenas: na União Europeia, as embalagens de alimentos têm que indicar desde Dezembro de 2014 se o produto contém óleo de palma.1 Em produtos cosméticos e de limpeza esconde-se um grande número de termos químicos.2 Com um pouco de pesquisa na Internet, podem-se encontrar alternativas sem óleo de palma.
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O consumidor é o rei: Quais produtos sem óleo de palma são oferecidos? Por que não se utilizam óleos domésticos? Perguntas ao pessoal de vendas e cartas ao produtores exercem pressão sobre as empresas. Esta pressão e a sensibilização crescente da opinião pública já fizeram com que alguns produtores renunciassem o uso de óleo de palma nos próprios produtos.
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Petições e perguntas a políticos: protestos on-line exercem pressão sobre os políticos responsáveis por importações de óleo de palma. Você já assinou as petições da Salve a Floresta?
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Levante a sua voz: manifestações e ações criativas na rua tornam o protesto visível para a população e a mídia. Assim, a pressão sobre decisores políticos ainda cresce.
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Transporte público em vez de carro: se possível, ande a pé, de bicicleta ou use o transporte público.
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Passe os seus conhecimentos: a indústria e a política querem fazer-nos crer que o biodiesel seja compatível com o ambiente e que plantações de dendezeiros industriais possam ser sustentáveis. Salveaselva.org informa sobre as consequências do cultivo de dendezeiros.