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Petição terminada
Colômbia: Desmilitarização da reserva dos Embera Katío YA

18.584 participantes

As comunidades indígenas Embera Katío das reservas Urada Jiguamiando, Rio Murindo e Chagerado-Turriquitado fazem um pedido nacional e internacional de apoio para por fim a militarização de seu território, e para evitar o deslocamento das comunidades ameaçadas por um projeto de mineração na região. A comunidade foi bombardeada ocasionando a morte de um recém nascido, e outros quatro indígenas ficaram feridos.

Apelo

No dia 30 de janeiro de 2010 as 3:30 da manhã efetivos da brigada 17 e a Força Aérea colombiana (FAC) bombardearam as imediações da comunidade Alto Guayabal, em um ponto conhecido como Saltico. Ali se encontrava uma família indígena e quatro indígenas ficaram gravemente feridos (Jose Nerito Rubiano, Martha Ligia Bailarin, Celina Bailarin e Yobani Bailarin). Dezenove dias após o bombardeio faleceu o bebe recém nascido de Celina Bailarín. “ Infeliz casualidade”, é como o general Hernán Giraldo, comandante da Brigada 17 com sede em Carepa (Antioquia) qualificou o terrível desrespeito aos direitos humanos, provocado pela brigada a seu comando.

Desde então os militares continuam dentro das reservas indígenas. Isto significa que o acesso dos indígenas dentro do seu território se encontra restrito, dificultando a comunicação entre as reservas, assim como a pesca e a caça.

Por medo, as famílias deixaram de freqüentar seus lugares de trabalho e a alimentação dos membros das comunidades já se encontra afetada. A brigada se defende com o argumento de que “ fomos informados da chegada neste local de terroristas da frente 34 das Farc”. Mas a comunidade está convencida de que os militares pretendem facilitar as operações de mineração de empresas transnacionais como a Muriel Mining Corporation, que tem uma concessão na região para explorar cobre, ouro e molibdénio.

A população das comunidades se encontram temerosos e esta situação foi o motivo pelo qual oito mulheres se suicidaram, e segundo testemunhas, existe alto risco de que hajam novos casos , pois: “nossas mulheres pensam em suicidar-se porque o seu meio de vida esta sendo destruído e sentem medo de que um novo deslocamento ocorra na comunidade”.

Já em maio do ano 2000 houve um bombardeio do exército com helicópteros e aviões sobre a comunidade de Alto Guayabal, e que foi seguido de tropas terrestres. Como conseqüência, a comunidade se viu obrigada a se deslocar para as comunidades das reservas vizinhas. Naquela ocasião, pelo menos três pessoas desapareceram (Regina Rubiano Bariquin de 65 anos, Pablo Emilio Domico de 45 anos, Blancaina Domico de 16 anos) e até hoje, 10 anos depois ainda não se tem noticias de seu paradeiro. Na mesma operação queimaram 8 moradias indígenas, roubaram bananas, alimentos, animais e utensílios de cozinha.

Em 2007 foi bombardeada a comunidade indígena de Islã na reserva do Rio Murindo.
Em 2008 foi bombardeada o cemitério das comunidades indígenas de Islã e Coredo.
Desde o início de 2009 há cada vez mais militares na reserva indígena do Rio Murindo por parte da Brigada 15.

Assine o protesto em apoio as exigências das comunidades Embera Katío para o governo colombiano. A região deve ser desmilitarizada o mais rápido possível e o deslocamento das comunidades deve ser evitado. Ajude com a sua assinatura!

Para ler a versão da carta em português: aqui

Assista ao vídeo da missão internacional de inspeção, do qual participou a Salve a Floresta junto com organizações colombianas como a Comissão de Justiça e Paz, Organização Indígena de Antioquia, representantes de ACNUR e Defesa do povo
http://www.youtube.com/watch?v=IMw3bn_8J3o

Mais informações

Francisco Santos, Vice-presidente da República Fabio Valencia Cossio, Ministro da Fazenda Jaime Bermúdez, Ministro de Relações Exteriores Carlos Costa, Ministro de Meio Ambiente Hernán Martínez , Ministro de Minas e Energia Fernando Pareja, Vice Fiscal General da Nação Alejandro Ordoñez, Procurador General da Nação Volmar Pérez , Defensor Nacional dos Povos Prezados (as) Senhores (as), Estou muito preocupado com as notícias sobre a militarização do território que compreendem os povos indígenas e afrocolombianos na reserva Urada.Jiguamiandó, e no município de Carmen del Darién, Bajo Atrato, departamento de Choco e imediações. Desde meados do mês de dezembro a militarização e as técnicas de operação e logística se assimilam com as que ocorreram no final de 2008 e começo de 2009 na La Rica para proteger a intervenção da mineradora Muriel Mining Corporation. Por este motivo, os indígenas Embera Katio afetados relacionam os vôos com operações de empresas mineradoras que possivelmente sejam a Muriel Mining Corporation, a Anglo Gold Aschanti ou a Glencore. Os vôos sobre as comunidades culminando em 30 de janeiro de 2010 com o bombardeio sobre a comunidade de Alto Guayabal, resultou na morte de um bebe recém nascido e feriu vários membros da mesma família. Como conseqüência a população desta região estão aterrorizados. Considero inaceitável que o exército nacional qualifique de “infeliz causalidade” esta terrível violação dos direitos dos povos indígenas. Causa preocupação a notícia sobre evidentes irregularidades na operação militar, assim como se limita o acesso dos povos indígenas a uma informação precisa e oportuna. Estes acontecimentos estão afetando as políticas de autonomia dos indígenas, causando danos aos cultivos, limitando a caça e a pesca, limitando o transito em seu próprio território, desmatando a floresta e violando a integridade física de vários indígenas. Isto tudo esta tendo um impacto especial nas mulheres Embera, das quais oito cometeram suicídio por conta da insegurança. Outras mulheres também falam em se matar, o que é muito alarmante e requer intervenção humanitária imediata. Em fevereiro do ano passado os povos indígenas e afrocolombianos realizaram uma Conferencia Interétnica dos Povos, onde foi rejeitada a exploração e a extração mineradora do projeto Mande Norte. Por isso, em apoio aos indígenas Embera Katio da reserva Uradá Jiguamiandó e Rio Murindó, sou contra: os danos irreparáveis contra a vida e integridade pessoal dos povos Emberá Katio, os obscuros interesses das empresas mineradoras que se ocultam por traz da militarização do território e as operações de controle social para evitar o esclarecimento dos acontecimentos. E peço: * Que se retire imediatamente a tropa do território (ancestral) dos Embera Katio, e a desmilitarização do território indígena * Que se condene o comandante responsável pelo bombardeio e a sanção dos responsáveis pelas demais graves violações de direitos humanos e infrações aos direitos humanitários * A adoção urgente de medidas humanitárias, com atenção especial a grave situação em que se encontram as mulheres * Que se tomem medidas de segurança em proteção as comunidades afetadas e se evite o deslocamento das comunidades * Que se elabore um informe público sobre os feitos * Que se respeitem as leis nacionais e internacionais que protegem a povos indígenas. No mais, em conformidade com o artigo 23 da constituição Nacional solicito respeitosamente, que me informe a respeito das seguintes questões: i. Qual é o nome da operação militar em ação desde dezembro de 2009 nesta região ? Quais são seus objetivos? Qual era o objetivo militar da operação que ocorreu no último 30 de janeiro? ii. Por que se afirma que os sobrevôos e bombardeio do dia 30 de janeiro, estão associados aos interesses da empresa Anglo Gold Ashanti ou da empresa Glencore? iii. O Ministério de Meio Ambiente ou outra entidade do governo autorizou a intervenção destas empresas multinacionais no Jiguamiandó, Murindó? Para que? iv. Que tipo de bombas e helicópteros e outros aparatos aéreos se usarão contra a população no último dia 30 de janeiro ? v. Solicito que se emita copia dos laudos médicos de JOSÉ NERITO, MARTHA LIGIA, CELINA, GIOVANNI e do bebê. vi. Qual reconhecimento da o governo a Conferencia Interétnica dos Povos, onde foi tirado uma “não “ para a exportação e extração mineradora? vii. Como vai se garantir a integridade das comunidades Embera Katío e impedir o seu deslocamento? viii. Que medidas estão sendo tomadas para se evitar que a crise humanitária constatada pela missão de inspeção feita no dia 5 e 6 de fevereiro de 2010? Espero sua pronta resposta a todas as questões levantadas. Atenciosamente,

Carta

FRANCISCO SANTOS, Vicepresidencia de la República
Consejeria Presidencial de Derechos Humanos
Calle 7, No 6-54, Piso 3
Santafe de Bogota, Colombia

FABIO VALENCIA COSSIO, Ministro del Interior
Ministerio del Interior
Palacio Echeverry, Carrera 8a, No.8-09, piso 2o,
Bogota, Colombia

JAIME BERMÚDEZ, Ministro de Relaciones Exteriores
Ministerio de Relaciones Exteriores
Calle 10 No.5-51 - Palacio de San Carlos -
Bogotá, Colombia

CARLOS COSTA, Ministro de Medio Ambiente
Ministerio del Ambiente
Calle 37 No. 8-40
Bogotá, Colombia

HERNÁN MARTÍNEZ, Ministro de Minas y Energía
Ministerio de Energía y Minas
Calle 43 No. 57
31 CAN
Bogotá, Colombia

FERNANDO PAREJA, Vice Fiscal General de la Nación
Fiscalía General de la Nación
Diagonal 22-B (Av. Luis Carlos Galán) No. 52-01,
Bloque C, Piso 4
Bogotá, Colombia

ALEJANDRO ORDOÑEZ, Procurador General de la Nación
Carrera 5 No. 15-80
Bogotá, Colombia

VOLMAR PÉREZ , Defensor Nacional del Pueblo
Defensoría del Pueblo
Calle 55 Nº 10 -32
Bogotá, Colombia


Estimados Sres.,

Me encuentro gravemente preocupado por las noticias acerca de la militarización del territorio que comparten pueblos indígenas y afrocolombianos en el resguardo Urada-Jiguamiandó, en el municipio de Carmen del Darién, bajo Atrato, departamento de Chocó e inmediaciones. Desde mediados del mes de diciembre la militarización y las técnicas operativa y logística se asimilan a la que tuvo lugar a finales de 2008 y comienzos de 2009 en La Rica para proteger la intervención de la minera Muriel Mining Corporation. Por este motivo, los indígenas Embera Katío afectados relacionan los vuelos con operaciones de empresas mineras que posiblemente sean la la Muriel Mining Corporation, la Anglo Gold Aschanti o la Glencore.

Los sobrevuelos a las comunidades han culminado el 30 de enero 2010 con un bombardeo sobre la comunidad de Alto Guayabal que resultó en la muerte de un bebé recién nacido e hirió a varios miembros de la misma familia. Como consecuencia, los pobladores del sector están aterrorizados. Considero inaceptable que el ejército nacional califique de “desafortunada casualidad” a esta terrible violación de los derechos de los pueblos indígenas. Causa preocupación la noticia sobre evidentes irregularidades de la operación militar así como de la manera como se limita el acceso a los pueblos indígenas a una información precisa, oportuna.

Estos hechos están afectando a las políticas de autonomía de los indígenas, los sitios sagrados, generando zozobra, causando daños a los cultivos, limitando la cacería y la pesca, limitando el tránsito en sus propios territorios, deforestando los bosques y violentando a varios indígenas en su integridad física. Estos sucesos han tenido un impacto especial sobre las mujeres Embera, de las cuales ocho han cometido suicidio ante la incertidumbre que les provoca la inseguridad. Otras mujeres hablan de quitarse la vida, lo cual es muy alarmante y requiere de reacción inmadiata.

En febrero del año pasado los pueblos indígenas y afrocolombiano realizaron una Consulta Interétnica de los Pueblos, en la que rechazaron la exploración y extracción minera del proyecto Mandé Norte.

Por ello, en apoyo a los indígenas Embera Katío de los resguardos Uradá Jiguamiandó y Rio Murindó, rechazo:

-Los daños irreparables contra la vida e integridad personal de los pueblos Emberá Katío, los oscuros intereses de las empresas mineras que se ocultan detrás de la militarización del territorio, el desarrollo de operaciones de control social para evitar el esclarecimiento de los hechos.

Y exijo:

-El retiro inmediato de la tropa de la fuerza pública del territorio ancestral de los Embera Katío, y la desmilitarización del territorio indígena

-La condena del comandante responsable del bombardeo y la sanción de los responsables de las demás graves violaciones de derechos humanos e infracciones al derecho humanitario

-La adopción urgente de medidas humanitarias, con atención especial a la grave situación en la que se encuentran las mujeres

-Se tomen medidas de seguridad en protección a las comunidades afectadas y se evite el desplazamiento

-Se elabore un informe público sobre los hechos

-Se respeten las leyes nacionales e internacionales que protegen a los pueblos indígenas.


Además, en conformidad con el artículo 23 de la Constitución Nacional solicito respetuosamente, se me informe acerca de las siguientes cuestiones:

i. ¿Cuál es el nombre de la operación militar que se desarrolla desde diciembre de 2009 en la zona aludida? ¿cuáles son sus objetivos? ¿Cuál era el objetivo militar de la operación del pasado 30 de enero?

ii. ¿Por qué se afirma que los sobrevuelos y el bombardeo del pasado 30 de enero, estaban asociados a los intereses de la empresa Anglo Gold Ashanti o de la empresa Glencore?

iii. El Ministerio de Ambiente u otra entidad del gobierno ¿ha autorizado la intervención de estas empresas multinacionales en el Jiguamiandó, Murindó? ¿Para qué?

iv. ¿Qué tipo de bombas y helicópteros y otros aparatos aéreos se usaron contra la población el pasado 30 de enero?

v. Solicito se expida copia de los informes médicos de JOSÉ NERITO, MARTHA LIGIA, CELINA, GIOVANNI heridos y del bebé, que lamentablemente falleció con posterioridad.

vi. ¿Qué reconocimiento da el gobierno a la Consulta Interétnica de los Pueblos, en la que contundentemente se ha dado un rotundo “no” a la exploración y extracción minera?

vii. ¿Cómo va a garantizar la integridad de las comunidades Embera Katío e impedir su desplazamiento?

viii. ¿Qué medidas se están tomando para evitar que se agudice la crisis humanitaria constatada por la misión de verificación que tuvo lugar el 5 y 6 de febrero 2010?

Espero su pronta respuesta a todas las cuestiones planteadas.

Con profunda preocupación,

Esta petição está disponível, ainda, nas seguintes línguas:

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